quinta-feira, 22 de março de 2012

Olhe para você!


“Porque eu fazia do amor um cálculo
matemático errado: pensava que, somando as
compreensões, eu amava. Não sabia
que, somando as incompreensões, é que se
ama de verdade.” Clarice Lispector




A cada dia que passa, fico mais perdida. Vejo o comportamento das pessoas, ouço histórias, vejo determinados acontecimentos e já não sei mais o que pensar. Por que as pessoas sempre culpam as outras por suas frustrações? Por que é tão difícil admitir estar errado? Parece que a falta de compreensão, de humanidade, é um mal que enfrentamos, desde os primórdios da humanidade, mas que na contemporaneidade tem tomado uma força extrema. Alguns se julgam tão perfeitos, tão bons que se tornam incapazes de baixar a guarda para os outros. Completo erro. Cada vez que presencio uma situação como essa, a vontade que me dá é de segurar o indivíduo pelos braços e sacudir com toda força, dizendo: Acorda!!! Olha o que você está deixando escapar entre os dedos!!!  Será tão difícil assim olhar para o próprio umbigo? Será que é impossível refletir sobre sua própria conduta? Será tão difícil admitir estar errado? Que é passível de falhas, que é humano, incompleto, imperfeito? É preciso urgentemente que as pessoas admitam suas fraquezas e reconheçam os seus erros. Às vezes podemos jogar pela janela oportunidades únicas em nossas vidas somente porque não temos maturidade suficiente para admitir que também erramos, ou melhor, para reconhecer que a razão nem sempre está conosco. É absolutamente decepcionante me deparo com alguém que se comporta desta maneira. Pois certamente, num futuro, talvez nem tão próximo, estes queridinhos consigam enxergar as pessoas maravilhosas que passaram por suas vidas e que deixaram ir embora, simplesmente pela incapacidade de reconhecer suas próprias falhas. E quando este dia chegar, certamente não haverá mais tempo de voltar atrás.

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